As crises econômicas, como a provocada pela pandemia da Covid, não são os únicos motivos que fazem empresas fecharem as portas ou serem vendidas. Outras causas comuns são falta de interesse dos filhos em assumir a empresa e o caso de parentes de militares que são donos do negócio mas que precisam ir embora por causa de transferência do marido ou da mulher. Porém, mesmo quando empresas ficam endividadas, o fechamento ou falência delas já não é mais visto como a única saída. Em Santa Maria, a Ferrari Mello Empresas faz a intermediação de compra e venda de negócios e, desde 2020, já fez a negociação de 25 empresas, a maioria na cidade. Um dos negócios mais importantes e mais recentes foi a venda do Restaurante Vera Cruz, pois os antigos donos não tinham mais interesse em seguir com o negócio.
- Foram 14 empresas vendidas em 2020, e 11 em 2021. Ao todo, são 320 empregos que se perpetuaram e que, se as empresas não fossem negociadas, seriam perdidos. A gente costuma dizer que existe vida após a empresa. O encerramento não é a última coisa a fazer, é possível vender e obter uma receita - diz Rodinei Cáceres Ferrari Mello, corretor da empresa.
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Ele lembra que, se a empresa fechar as portas, perde muito valor, pois o máximo que poderá ser vendido são os móveis e equipamentos. Porém, se a empresa for vendida, é possível valorizar a história da marca, os produtos ou serviços, o quadro de colaboradores já treinados e a carteira de clientes e fornecedores. Rodinei lembra que, se a pessoa tem um valor e quer abrir um negócio, muitas vezes pode ser mais rápido e vantajoso comprar uma empresa que já "está rodando" e tem faturamento e clientela fixa do que partir de um negócio do zero.
- A empresa que está sendo vendida já tem um mercado testado, tem clientela e equipe treinada. A partir de informações como faturamento e outros detalhes, nós conseguimos precificar e ver quanto a empresa vale. Trabalhamos com total sigilo e confidencialidade - conta Rodinei, lembrando que tem hoje 101 empresas sendo anunciadas para venda.
Na lista, a Ferrari Mello oferta desde uma distribuidora de bebidas a R$ 45 mil até um hotel a R$ 10 milhões. A maioria dos negócios à venda são dos ramos de gastronomia, o que inclui restaurantes e padarias.
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